segunda-feira, 26 de março de 2012

Termorregulacao

O corpo humano utiliza de vários recursos para diminuir a temperatura durante o exercício, estas respostas são principalmente circulatórias e hormonais. As repostas circulatórias são a diminuição do volume sistólico, o aumento proporcional da frequência cardíaca para a manutenção do debito cardíaco, concomitante a isso ha uma vaso contrição visceral e uma vaso dilatação periférica, que favorece a evaporação do suor e o resfriamento sanguíneo, e mantem a PA.
Com a diminuição da temperatura perdemos também um volume considerável de agua, e para evitar um quadro de desidratação nosso corpo produz uma serie de respostas hormonais. Primeiramente ocorre a liberação de ADH (Hormônio Antidiurético) com a finalidade de manter os níveis de hidratação, para minimizar as perdas de sódio e também de eletrólitos a supra renal libera a aldosterona que a tua principalmente na reabsorção do sódio pelos túbulos renais.
A termoregulação e um dos assuntos mais estudados dos últimos anos, cada vez mais e mais estudos são realizados com a finalidade de entender e explicar este fenômeno, o fato e que o corpo humano pode tolerar alterações acentuadas no declínio da temperatura, valores de ate 10ºC, porem um aumento de apenas 5ºC.
A biologia utiliza a expressão termogênese para exemplificar todo e qualquer processo capaz de aumentar a temperatura nos seres vivos. Nos seres humanos, de toda energia derivada dos alimentos aproximadamente 25% e transformada em trabalho pelos músculos, classificada como termogênese induzida, e a grande parte dessa energia vira calor, denominada como termogênese obrigatória. Por esse motivo, necessitamos de um sistema termorregulatorio tão eficiente.
Nosso corpo possui algumas estratégias para dissipar o calor. Como:

  • Evaporação

  • Radiação

  • Condução
  • Convecção
  •  

      O stress térmico provocado pelo calor pode causar dor de cabeça, náuseas, fraqueza generalizada, suor profuso, tonteira, desmaios e em alguns casos, pode levar ate mesmo a morte, este quadro é denominado de intermação ou hipertermia.
      Para minimizar estes efeitos, ao praticarmos alguma atividade física, principalmente em dias quentes e úmido, e fundamental a utilização de roupas que facilitem a evaporação do suor e a ingestão de agua e/ou repositores hidroeletrolíticos.

      "Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos solucioná-los."
      (Isaac Asimov)




      Referencias
      KWON, Y. S.; ROBERGS, R. A; KRAVITZ, L. R. et al. Palm cooling delays fatigue during high-intensity bench press exercise. Medicine and science in sports and exercise, v. 42, n. 8, p. 1557-65, ago 2010.

      GALOZA, P.; SAMPAIO-JORGE, F.; MACHADO, M.; FONSECA, R.; SILVA P, A V. Resistance exercise inter-set cooling strategy: effect on performance and muscle damage. International journal of sports physiology and performance, v. 6, n. 4, p. 580-4, dez 2011.

      PINTO, K.M.C.;RODRIGUES, L.M.C.; VIVEIROS, J. D. P.; SILAMI-GARCIA, E. Efeitos da temperatura da água ingerida sobre a fadiga durante o exercício em ambiente termoneutro. Revista Paulista Educação Física de São Paulo, 15(1):45-54, jan./jun. 2001.

      BECKER, G. F.; FLORES, L. M.; SCHNEIDER, C. D., LAITANO, O. Perda de eletrólitos durante uma competição de duatlo terrestre no calor. Revista Brasileira Educação Física e Esporte, São Paulo, v.25, n.2, p.215-23, abr./jun. 2011.

      LUTAIF. N. A.; GONTIJO, J. A. R. Contribuição Renal para a Termoregulação: Termogênese e a Doença Renal - Renal Contribution to Thermoregulation: Thermogenesis and Renal Disease. Jornal Brasileiro de Nefrologia 2009;31(1):62-9


      CHEUVRONT, S.N.; HAYMES, E.M. Thermoregulation and marathon running: biological and environmental influences (Abstract). Medicine and Science in Sports and Exercise, v.31, p.743-62, 2001.



      quarta-feira, 14 de março de 2012

      Metabolismo de Lipideos

      Caros amigos, praticantes e interessados em treinamento esportivo, primeiramente gostaria de me desculpar pelo atraso no post dessa semana, depois agradecer a participação e o apoio de todos seja pelo Facebook ou pelos comentários nos posts passados. Nesta semana falaremos sobre um tema muito citado nas academias e centros esportivos, porem sem muitas explicações claras do seu acontecimento, o metabolismo de lipídeos.
      Muitas vezes ouvimos dizer que para metabolizarmos a gordura precisamos ingerir carboidrato, alguns de vocês já ouviram o bordão “os lipídeos se queimam em uma chama de carboidratos”, mas por quê?
       O que acontece e que a via Glicolítica (metabolismo de carboidratos) fornece intermediários para o Ciclo do Acido Citrico - piruvato dando origem ao oxaloacetato - e a Beta Oxidação (metabolismo de gorduras) também -dando acetil-CoA - de forma que ao diminuirmos o fornecimento do oxaloacetato, diminuiremos também a utilizaçao do acetil-coA fornecido pela beta oxidaçao, vejam o esquema abaixo.


      Por isso uma dieta pobre em carboidratos nao ajudaria ou aumetaria a queima de gordura por nosso organismo. O quadro a seguir da uma ideia de como é importante ingerirmos a quantidade certa de cada macronutriente(carboidratos, gorduras e proteinas), através de uma dieta bem orientada e balanceada,  juntamente com a pratica de exercicios fisicos regulares podemos otimizar a perda de peso, a performance ou o ganho de massa muscular.

      Nutriente
      Pode formar glicose?
      Pode formar Amnoacidos?
      Pode formar Gordura?
      Carboidratos
      Sim
      Sim
      Sim
      Gorduras
      Sim
      (apenas a porção glicerol)
      Não
      Sim
      Proteinas
      Sim
      Sim
      SIm


      Vejam como as gorduras são limitadas em formar outros macronutrientes, e lembrem-se que qualquer macronutriente em excesso pode e será transformado em gordura.

      "O conhecimento é em si mesmo um poder."
      (Francis Bacon)



      Referencias
      Tratado de Fisiologia Medica
      John E. Hall
      Arthur C. Guyton

      Fundamentos de Fisiologia do Exercicio
      Willian D. McArdle
      Frank I. Katch
      Victor I. Katch
      

      sexta-feira, 9 de março de 2012

      Questao de fim de semana

      Caros amigos, vou fazer uma postagem extra esta semana. Gostaria da participacao de todos. Forte abraco e aguardem o post da proxima terca-feira!!!

      O QUE DIZ A TEORIA DO RECRUTAMENTO ORDENADO???




      "Quanto mais conhecemos, mais amamos."
      (Leonardo da Vinci)

      terça-feira, 6 de março de 2012

      Déficit Bilateral

      Caros amigos e amantes do treinamento de força, no post desta semana vamos explicar o que vem a ser o Déficit Bilateral, e como este fenômeno influencia em nossa prescrição de treinamento.
      Em uma sala de musculação existe uma infinidade de exercícios e equipamentos que podem desenvolver a qualidade força em um membro em detrimento a outro. Em contra partida exercícios que utilizam, simultaneamente, do mesmo grupo muscular em ambos os membros, chamados exercícios bilaterais, pode diminuir esta diferença ou ate mesmo torna-la inexistente.
      O chamado Déficit Bilateral e um fenômeno causado provavelmente por mecanismos de proteção que inibem ou diminuem o acionamento de mais unidades motoras pelo SNC. O déficit bilateral preconiza que a soma das forças dos membros e menor que a força utilizada por cada membro unilateralmente.
      Imaginem um praticante executando o exercício flexão de cotovelos com barra, com 10Kg de cada lado, ao colocarmos o mesmo praticante para realizar o mesmo exercício, porem unilateral e utilizando o halter ele operaria com uma carga de 3% a 25% superior a 5Kg. Isto e o déficit bilateral.




      Outro método utilizado para minimizar os efeitos do déficit bilateral, seria o treinamento simultâneo do agonista unilateral e o antagonista contralateral.
      Aguardem por mais posts. Obrigado!!!


      “O conhecimento nos faz responsáveis.”
      Che Guevara




      Referencias Bibliograficas

      Fundamentos do Treinamento de Força
      Steven J. Fleck
      William J. Kraemer
      Musculação: Modelo didático para prescrição e controle das atividades
      Jose Ricardo Claudino Ribeiro
      Maximum bilateral contractions are modified by neurally mediated interlimb effects. (Resumo)
      Howard JD, Enoka RM.
      Relationship between the modifications of bilateral deficit in upper and lower limbs by resistance training in humans. (Resumo)
      Department of Physical Education, International Budo University, Katsuura, Chiba, Japan
      Anatomia da Musculação
      Nick Evans